Dogs: A Startling New Understanding of Canine Origin, Behavior & Evolution
Por Raymond Coppinger e Lorna Coppinger
A crítica:È frequente que os livros sobre pets estejam cheios de sentimentos antropomórficos.
Este livro é um verdadeiro dom científico que têm tanto a oferecer aos donos, como aos leitores, como aos especialistas em canicultura. Com 35 anos de experiência a criar várias raças de cães e uma sólida formação em Biologia/Etologia o casal Coppinger oferece-nos uma perspectiva totalmente nova sobre a evolução e o comportamento do cão.
Durante décadas o pensamento e as teorias evolutivas que dominaram a nossa relação com os cães postularam que o cão evoluiu do lobo e que portanto o lobo seria o modelo comportamental para percebermos os cães.
Este livro é um verdadeiro dom científico que têm tanto a oferecer aos donos, como aos leitores, como aos especialistas em canicultura. Com 35 anos de experiência a criar várias raças de cães e uma sólida formação em Biologia/Etologia o casal Coppinger oferece-nos uma perspectiva totalmente nova sobre a evolução e o comportamento do cão.
Durante décadas o pensamento e as teorias evolutivas que dominaram a nossa relação com os cães postularam que o cão evoluiu do lobo e que portanto o lobo seria o modelo comportamental para percebermos os cães.
Contrariamente, o casal Coppinger afirma ser mais coerente ter existido um ancestral comum aos cães e aos lobos. Tal como o homem moderno é distinto dos outros primatas modernos, os lobos e os cães modernos são muito distintos entre si. Deste modo, contestam e dizem ser completamente absurda a teoria do uso do protocolo da matilha e do comportamento do lobo como modelo de entendimento para alterar o comportamento canino, tal como prescrito por muitos treinadores e manuais de treino das ultimas décadas.
Os autores chamam ainda a atenção para o facto de que a criação selectiva das raças caninas fez com que algumas raças não sejam apropriadas para serem pets (algumas raças de trenó, pastoreio, e caça) resultando num mal estar para os donos e para o cão. Este é um livro absorvente, rigoroso e que pode interessar a uma vasta audiência.
2 comentários:
Muito, muito interessante. De facto, nós e os chimpanzés partilhamos um ancestral comum. A ideia de que um certo dia um qualquer chimpanzé complexado com o seu modo de vida resolveu transformar-se em humano é absolutamente falsa. E como nada na vida é linear, quando analisamos o comportamento humano através das extrapolações do comportamento dos chimpanzés há imensas variáveis a ter em conta. Olha, estou a lembrar-me do mais recente livro do famoso primatólogo Frans de Waal intitulado «Our Inner Ape» em que este propõe que, in grosso modo, o nosso comportamento é uma espécie de mistura do comportamento dos chimpanzés (mais agressivos) e dos bonobos (mais pacíficos). É claro que nada se resume à fórmula A+B=C. Para todos os efeitos, um humano é um humano e um chimpanzé é um chimpanzé. O mesmo se aplica aos cães e aos lobos. São duas espécies distintas que seguiram caminhos diferentes. Mas a biologia molecular é aqui uma ferramente muito importante por forma a sabermos se estas duas espécies partilham, ou não, um ancestral comum. Mas a teoria não é má. E pode muito bem explicar a existência dos treinadores imbecis que abundam por aí entretidos em decorar o comportamento dos lobos...
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