A sonolência própria a uma tarde quente de Verão parece ser mais forte que a vontade firme de comer uma caracolada ao fim da tarde. Assim sendo, hoje pela manhã na cozinha sentia-se um cheiro forte. Nariz no ar e lá dei com os dois sacos de caracois. Coitados como se não bastasse o que os espera: o lento afogamento dentro da panela ao qual tentam,de pescoço hirto, escapar a todo o custo e ainda passam as últimas horas tão apertados! Caramba!
Procurei um alguidar grande e com um facalhão da cozinha rasguei a rede dos sacos e libertei-os. Lembrei-me ainda que em minha casa a seguir a libertação dos caracois era sempre preciso cortar umas fatias de batata, crua, e lança-las aos caracois.
Satisfeita com a minha eficiência chamei os rapazes, que entretanto observavam espantados toda a operaçao e partimos para o passeio da manhã.
Quando regressei vinha esbaforida! A piorar o calor natural dos quarenta anos o dia resolveu aquecer logo de manhazinha. Enquanto me Despia reparei que os rapazes tinham estancado à porta da cozinha sem ir beber água. Que se passa rapazes?
Uma hora foi o tempo que os caracois precisaram para ir até aos esfregões da loiça, às paredes da cozinha, à máquina de lavar loiça, ao frigorífico, ao cesto do pão.... e pior a baba fica agarrada às cortinas...
Enfim, arrependo-me sempre dos gestos heroicos que tomo nesta divisão da casa!
Isto fez-me pensar! Que raio! Quem associou o adjectivo lento ao caracol??? Hum... e será que consigo encontrar informação sobre a velocidade com que o caracol se desloca??? vou ver.... isto intrigou-me!
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