O site de leilões online eBay anunciou que vai banir a nível global a venda de produtos de marfim já a partir do próximo ano. A decisão é anunciada depois de um grupo de investigação para a conservação da natureza ter descoberto mais de 4.000 itens feitos a partir de marfim de elefante, espécie protegida. “Achamos que esta é a melhor maneira de proteger as espécies protegidas em perigo. É a partir destas espécies que grande parte dos produtos em marfim é produzida, segundo o comunicado divulgado hoje no blogue da companhia. Elefantes africanos e asiáticos são protegidos por organizações americanas como a International Convention on the International Trade in Endangered Species (CITES) - Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção - e a U.S. Endangered Species Act. Um relatório que irá ser hoje divulgado pelo International Fund for Animal Welfare (IFAW) – Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal, em português - revela que a maioria de vendas de produtos de marfim é feita através da sucursal americana do site. “Numa ocasião, um utilizador comprou um par de presas de elefante por mais de 21 mil dólares (cerca de 15 mil euros) ”. Todos os anos, mais de 20 mil elefantes são mortos ilegalmente em África e Ásia para fazer face aos requisitos de marfim, de acordo com a IFAW. A eBay disse que ainda vai permitir a venda de produtos antigos que contenham pequenas quantidades de marfim, como pianos. A companhia define que só serão consideradas antiguidades objectos produzidos antes de 1990. Definiu também que com esta nova regra a venda de artigos que contenham uma quantidade significativa de marfim, qualquer que seja o nível de antiguidade, como peças de xadrez, alfinetes de peito ou jóias, não será de todo permitida. Grupos de defesa internacionais para a natureza e vida selvagem aplaudem a decisão. Teresa Telecky, directora da Humane Society International citada pela BBC, disse que a decisão “é válida e deve ser vista como um exemplo para outros”.
Fonte: 21.10.2008 - 16h50 Reuters, PÚBLICO
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