29 de janeiro de 2009

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In: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1358063

Serotonina - Neurotransmissor implicado na depressão nos seres humanos transforma gafanhotos em praga. 

O neurotransmissor serotonina é o que faz com que tímidos gafanhotos verdes e de aspecto em tudo normal se transformem nos vorazes gafanhotos que formam bandos com milhares de milhões de insectos, que se deslocam como uma praga que até apaga a luz do Sol e devoram tudo por onde passa. A descoberta, feita por uma equipa internacional de cientistas, é divulgada na edição de amanhã da revista “Science”.São tão diferentes os solitários gafanhotos normais que, até 1921, se pensava que eram de uma espécie diferente dos gregários que se transformam em pragas. Estes têm um aspecto bem diferente: são amarelados, maiores e com músculos mais fortes para conseguirem fazer voos prolongados (e rápidos, pois podem percorrer 90 quilómetros em cinco a oito horas). 

O seu impacto na economia e na vida de muitas populações é enorme. Em Novembro de 2008, formou-se uma nuvem de gafanhotos na Austrália que se estendia ao longo de seis quilómetros. Mas o continente africano e a China são vítimas periódicas desta praga destruidora de colheitas. Mas, mesmo depois de se ter determinado que estes animais são sempre a mesma espécie, que passa por uma extraordinária de aspecto e comportamento, há 90 que se procurava o gatilho que a desencadeava. “Ninguém tinha sido capaz de identificar as modificações no sistema nervoso que transformam gafanhotos bastante anti-sociais em monstruosos bandos. A resposta tem sido procurada pelos cientistas há quase 90 anos”, disse Michael Anstey, o primeiro autor do trabalho, citado num comunicado de imprensa da Universidade de Cambridge (Reino Unido). Uma série de experiências feitas na espécie “Schistocerca gregária” permitiu determinar que os animais que estão no auge do comportamento gregário, formando bandos, têm três vezes mais serotonina no seu sistema nervoso do que os solitários e pacatos gafanhotos no seu estado normal. O sinal que desencadeia os passos iniciais da formação de bandos prende-se com o risco de fome — quando há animais a mais para os recursos disponíveis. “À medida que o ambiente desértico em que vivem se vai tornando mais seco, procuram comida, o que faz com que se aproximem cada vez mais”, comentou Stephen Rogers, outro autor da investigação. 

1 comentário:

Flokinho Greco disse...

aula aumigo
tudo bom
audorei o seu blog
depois me visita
lambjos do flokinho

A few letters a day will keep my thesis on the way!

Gosto de provérbios! Penso sempre que posso ter um por dia... o bem que me faria! aqui fica um site cheio de artigos fora da box e muito in...