Veterinário alvo de inquérito por ceder animais para cobaias em universidade
2010-11-19
por Marisa Rodrigues in JN
"Chocada" e "profundamente abalada" com a utilização de animais como cobaias, a bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários ordenou, ontem, a abertura de um inquérito contra o responsável pelo canil municipal de Évora. O exemplo foi seguido pela autarquia.
O caso, divulgado pelo JN, pôs a descoberto uma prática ilegal e que durava há vários anos, com conhecimento de muitos, mas sem que tenha havido denúncias nem sanções aplicadas.
Cães e gatos vivos e saudáveis, entregues aos cuidados do canil municipal, eram periodicamente cedidos ao Hospital Veterinário da Universidade de Évora (HVUE) para serem utilizados durante as aulas práticas do curso de Medicina Veterinária.
Situação que a Ordem dos Médicos Veterinários (OVM) condena. "Não concordamos de todo com este tipo de procedimentos, que em nada têm a ver com a postura dos veterinários", disse, ao JN, Laurentina Pedroso.
A bastonária revelou que, depois da notícia publicada ontem, chegaram à OMV "inúmeras queixas" contra o veterinário do canil de Évora, algumas das quais "por situações diferentes das que já foram publicamente reveladas", sem querer adiantar o conteúdo.
A divulgação do esquema entre o canil e o HVUE fez a OMV avançar com uma medida inédita, "a criação de uma comissão de trabalho que vai averiguar o que se passa a nível nacional e qual a origem dos animais usados pelas instituições de medicina veterinária".
O responsável pelo canil municipal será ouvido no âmbito do processo instaurado pela OMV que, para além dos relatos feitos por ex-alunos e profissionais no activo, tem ainda um outro trunfo: o director do HVUE admitiu ter recebido animais vivos e saudáveis, que ele próprio pediu ao veterinário. Embora o protocolo existente entre a autarquia e a instituição de ensino seja apenas para incineração de cadáveres, a alguns dos animais eutanasiados no canil não era apenas isso que acontecia. "Em vez de os mandarem já abatidos, pedimos que os mandem vivos para intervenções mais específicas", revelou José Tirapicos Nunes.
Situação que o presidente da autarquia diz desconhecer. José Ernesto Oliveira garantiu que "irão ser tomadas medidas" e não excluiu a instauração de procedimentos disciplinares contra o veterinário António Flor Ferreira, que recusou falar ao JN.
Uma manifestação a exigir a demissão do veterinário municipal está marcada para a próxima segunda-feira.
Cães e gatos vivos e saudáveis, entregues aos cuidados do canil municipal, eram periodicamente cedidos ao Hospital Veterinário da Universidade de Évora (HVUE) para serem utilizados durante as aulas práticas do curso de Medicina Veterinária.
Situação que a Ordem dos Médicos Veterinários (OVM) condena. "Não concordamos de todo com este tipo de procedimentos, que em nada têm a ver com a postura dos veterinários", disse, ao JN, Laurentina Pedroso.
A bastonária revelou que, depois da notícia publicada ontem, chegaram à OMV "inúmeras queixas" contra o veterinário do canil de Évora, algumas das quais "por situações diferentes das que já foram publicamente reveladas", sem querer adiantar o conteúdo.
A divulgação do esquema entre o canil e o HVUE fez a OMV avançar com uma medida inédita, "a criação de uma comissão de trabalho que vai averiguar o que se passa a nível nacional e qual a origem dos animais usados pelas instituições de medicina veterinária".
O responsável pelo canil municipal será ouvido no âmbito do processo instaurado pela OMV que, para além dos relatos feitos por ex-alunos e profissionais no activo, tem ainda um outro trunfo: o director do HVUE admitiu ter recebido animais vivos e saudáveis, que ele próprio pediu ao veterinário. Embora o protocolo existente entre a autarquia e a instituição de ensino seja apenas para incineração de cadáveres, a alguns dos animais eutanasiados no canil não era apenas isso que acontecia. "Em vez de os mandarem já abatidos, pedimos que os mandem vivos para intervenções mais específicas", revelou José Tirapicos Nunes.
Situação que o presidente da autarquia diz desconhecer. José Ernesto Oliveira garantiu que "irão ser tomadas medidas" e não excluiu a instauração de procedimentos disciplinares contra o veterinário António Flor Ferreira, que recusou falar ao JN.
Uma manifestação a exigir a demissão do veterinário municipal está marcada para a próxima segunda-feira.
1 comentário:
Realmente faz-nos pensar ...
Se os veterinários em formação não colocam qualquer questão em utilizarem animais vivos e saudáveis, então como serão depois no exercício da sua profissão ?
É só mais uma razão para nunca se entregar animais aos canis municipais !
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